terça-feira, 26 de junho de 2007

O Yad Vashem da Polônia

Foi demarcada em Varsóvia, na Polônia, uma área de 13 mil metros quadrados, no local em que antes da II Guerra Mundial ficava o bairro judaico, em frente ao Monumento dos Heróis do Gueto, da renomada escultora N. Rappaport. Era exatamente nessa área que se localizava o Gueto de Varsóvia e é onde será construído, nos próximos anos, o Museu da História dos Judeus Poloneses que, como o nome diz, será dedicado à história da comunidade judaica no país. Para o diretor do projeto, Jerzy Halbersztadt, as novas instalações serão uma espécie de museu virtual, uma mescla de conteúdos e tecnologia interativa.

Segundo estudiosos, este projeto é o passo mais significativo já dado pelas autoridades polonesas, nos últimos dez anos, no processo de reconciliação com o povo judeu. A coordenação geral do museu está a cargo dos professores Israel Gutman, ex-historiador-chefe do Yad Vashem, em Jerusalém, e do professor Felix Tych, diretor do Instituto Histórico Judaico da Polônia. O prédio abrigará 133 exposições permanentes, retratando cerca de mil anos de história.

O arquiteto Frank Gehry – cujos pais vieram de Lodz – responsável pelo design do famoso Museu Guggenheim, em Bilbao, Espanha, aceitou o convite para projetar o Museu de Varsóvia. O acervo incluirá objetos de várias épocas, e até partes de jornais distribuídos no gueto, em 1942, quando os judeus estavam sendo deportados em massa para o campo da morte de Treblinka. Haverá, também, exposições sobre as diferentes fases da vida judaica no país.

O primeiro-ministro polonês, Leszek Miller, também se pronunciou, recentemente, sobre a integração da comunidade judaica em seu país, no passado. Ressaltou que, durante a Idade Média, quando os judeus da Europa eram expulsos da Inglaterra e da França, os governantes da Polônia, Henrique, o Piedoso, e Casimiro, o Grande, garantiam aos judeus os seus privilégios e a sua segurança, além de prover-lhes autonomia na administração de sua vida. “Foram estas circunstâncias que permitiram o desenvolvimento da cultura judaica na Polônia. O desaparecimento do judaísmo polonês foi uma grande perda não apenas para o mundo judaico, mas para a humanidade, como um todo, e contribuiu para o empobrecimento da própria Polônia. Nós temos a obrigação de restaurar a memória dos judeus poloneses e transmiti-la às futuras gerações”, afirmou o primeiro-ministro.

Mais noticias em: http://www.jewishmuseum.org.pl/

2 comentários:

Bina Goldrajch disse...

Yad Vashem também tem a força da lei de premiar não judeus com o título “Justo das Nações do Mundo” aos que com bravura em seus corações salvaram a judeus das garras dos nazistas durante a II Guerra Mundial. E isso é muito importante!
Pois é preciso resalvar que mesmo entre os alemães, haviam os que não concordavam com tamanha descabida tortura e deram, em alguns casos, até suas vidas para salvar os que não mereciam pagar por um pecado não cometido.
Foi uma bela iniciativa da Polônia, que por sinla concretizou sua idéia com muito bom gosto.
O museu é muito bonito! Pelo menos foi o que verifiquei nas fotos exteriores que pude encontrar na internet.

Unknown disse...

olá Thiago
acabo de publicar o teu artigo «Nulla rosa est» no http://holocausto-shoah.blogspot.com/ e também estabeleci um link permanente para o teu blog.
Grande abraço